Depois de terminar o curso de medicina e completar o período de residência em obstetrícia e ginecologia, sentia-me instruído o suficiente para ser pai. Com a graduação de minha mulher em
desenvolvimento infantil e minha própria formação médica, será que poderia haver alguma dificuldade nesse negócio de ter filhos?
Iríamos simplesmente agir com naturalidade e seguir nossos instintos. Certo? Errado!
Logo após o nascimento de nosso primeiro filho, descobrimos rapidamente que nosso entusiasmo e confiança haviam se transformado em cansaço e frustração. Minha esposa levantava três vezes por noite e o bebê ficava irritado durante o dia. O conselho, não solicitado, que geralmente ouvíamos, sugeria alimentar o bebê com mais frequência, já que ele obviamente estava com fome. Nós realmente o alimentávamos, o dia todo, a cada duas horas. Tudo tão instintivo! Os cientistas levaram o homem à lua, mas ainda não foram capazes de responder esta questão básica sobre os cuidados que o pai e a mãe devem ter com os filhos pequenos: como posso ter um bebê feliz e satisfeito, que dorme sem interrupções durante a noite como o resto da família, e ser uma mãe (ou um pai) que não permaneça num perpétuo estado de exaustão?
Em função de nosso interesse comum por crianças e pela criação dos filhos, eu e minha mulher tomamos conhecimento do trabalho e das realizações de Gary e Anne Marie Ezzo, da organização Growing Families International. Os conceitos básicos e amorosos dos Ezzo para os cuidados com os recém-nascidos praticamente eliminaram os problemas mencionados acima, além de muitos outros. Observei pessoalmente tanto crianças que eram criadas com base nos princípios dos Ezzo quanto aquelas que não eram. Ficou evidente que pais aparelhados com informações corretas realmente fazem a diferença.
Acabei fazendo a transição da obstetrícia para a pediatria e, com a mudança, vieram os princípios clinicamente sensatos da Alimentação Orientada pelos Pais. Eles funcionam com perfeição, e não apenas para as milhares de crianças já assistidas pelo método, mas também para meus três filhos, os filhos de meus colegas, de meus amigos, e agora para todos os meus pacientes.
Para dizer o mínimo, a AOP trouxe uma reforma necessária ao aconselhamento pediátrico oferecido aos novos pais e mães. Quando os pais chegam com uma aparência exausta e desencorajada e me contam suas terríveis histórias de noites insones e bebês nervosos, posso dar a eles uma receita positiva que acaba com o problema: Ensino o método AOP.
Dr. Robert Bucknam